quarta-feira, outubro 21, 2009
Entidades trocarão experiências
Fecomércio-PE vai dar informações para a Federação do Comércio de Angola
LUANDA, ANGOLA - Assim que retornar para o Brasil, o presidente da Federação do Comércio do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), Josias Albuquerque, terá uma lista de solicitações a cumprir, feitas pelo vice-ministro do Comércio da República de Angola, Gomes Cardoso, na última quinta-feira, durante visita ao ministério, no Palácio de Vidro, em Luanda. “Queremos estabelecer um memorando de entendimento para troca de experiência e conhecer a legislação do setor. Precisamos de assistência para a consolidação do quadro jurídico comercial”, afirmou Cardoso. A carência de informações que o país tem sobre como orientar o setor comercial ficou bastante visível.
De acordo com o vice-ministro, os 40.159 estabelecimentos comerciais no país não estão reunidos em um sistema de federações e sua ideia é criar alicerces para um movimento nacional ordenado. Uma das possibilidades é tentar retirar os intermediários das relações comerciais entre Brasil e Angola. “Seria mais vantajoso estabelecer uma relação direta com a Confederação. Por exemplo, nosso consumo de charque é grande. Com a aproximação, poderíamos, no futuro, ter nossa própria fábrica da carne”.
Outro ponto chave do interesse do ministério pelo Brasil é na questão da formação profissional do setor. “Queremos apostar na formação do nosso empresariado e estamos esperando investidores e parcerias público-privadas”, enfatizou. Segundo Cardoso, em 1975, eram cerca de 30 mil estabelecimentos comerciais para 5,6 milhões de habitantes. Hoje, há um déficit de 50 mil unidades comerciais para atender a população, um dos motivos da inflação e dos altos preços dos alimentos, por exemplo. Aliás, o modo como o Brasil conseguiu estabilizar os preços praticados no varejo é assunto de grande interesse para o ministério.
Entre os anseios mais imediatos do vice-ministro, estão o interesse pelo sistema de código de barras e sobre como orientar o empresariado a crescer de forma ordenada. “Também precisamos de informação estatística sobre quais são os países mais competitivos no Mercosul, para conduzir melhor as compras angolanas”.
Lorena Ferrário*Enviada especial
* A editora viajou a convite da Fecomércio (Folha de Pernambuco 16-10-09)
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